Mauro De Nadal defende ampliação do debate sobre reforma política em encontro com vereadores
“Precisamos fortalecer o debate sobre a reforma política, focando na realização de eleições unificadas. Para isso, é necessário iniciar um movimento nos municípios para que a questão seja capaz de sensibilizar o Congresso Nacional e, assim, possa ser considerada uma prioridade”.
A ideia foi defendida pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro De Nadal (MDB), na abertura do Encontro Estadual de Vereadores da Uvesc, que ocorreu na quarta-feira (13), no auditório Antonieta de Barros.
De Nadal entende que a reforma é prioridade, e que possui grande aceitação, inclusive, no meio político. Porém, considera que a mudança na legislação só se tornará possível se houver um movimento a partir das bases. Daí a importância de o assunto entrar na pauta dos vereadores, para que o debate ganhe intensidade.
“A realização de eleições a cada dois anos tem um custo muito elevado ao país. Além disso, o processo trava a máquina pública e impede a realização de obras e convênios que melhoram a vida do cidadão. O país simplesmente para”, avalia o parlamentar.
Parcerias com o setor privado
Outro assunto abordado por De Nadal foi a necessidade de a administração pública ampliar o espaço para a iniciativa privada na prestação de serviços considerados prioritários para a sociedade. Ele usou como exemplo a necessidade de implantação de ferrovias, assunto que em Santa Catarina é debatido há décadas.
“É um tema que lá no Oeste se fala há muito tempo. Desde quando eu era prefeito em Cunha Porã se discutia a necessidade de ferrovias para escoar a produção até os portos. Mas nem um trilho foi colocado para mudar essa realidade”, ele observa.
Ainda complementa: “achamos que o Estado tem que ser pai e mãe dos investimentos, mas as coisas não acontecem. Nós temos que quebrar esse paradigma. Temos que abrir espaços para a iniciativa privada, utilizar a expertise do setor. Assim, poderemos oferecer soluções para as necessidades da sociedade, impulsionar a economia”, finaliza o presidente da Alesc.